quinta-feira, 15 de outubro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Instruções complexas para coisas simples

Instruções para mim mesmo. Não tenho pretensão de instruir ninguém a nada. Afinal, não acredito no ensino, apenas no aprendizado. Mas que a vida seria mais fácil com instruções para coisas simples (ou não tão simples) como sorrir e chorar, ah seria.

Instrucciones para llorar
Dejando de lado los motivos, atengámonos a la manera correcta de llorar, entendiendo por esto un llanto que no ingrese en el escándalo, ni que insulte a la sonrisa con su paralela y torpe semejanza. El llanto medio u ordinario consiste en una contracción general del rostro y un sonido espasmódico acompañado de lágrimas y mocos, estos últimos al final, pues el llanto se acaba en el momento en que uno se suena enérgicamente. Para llorar, dirija la imaginación hacia usted mismo, y si esto le resulta imposible por haber contraído el hábito de creer en el mundo exterior, piense en un pato cubierto de hormigas o en esos golfos del estrecho de Magallanes en los que no entra nadie, nunca. Llegado el llanto, se tapará con decoro el rostro usando ambas manos con la palma hacia adentro. Los niños llorarán con la manga del saco contra la cara, y de preferencia en un rincón del cuarto. Duración media del llanto, tres minutos.

Julio Cortázar

Instruções para sorrir
Independente do motivo, apenas sorria. Não ria, gargalhe, trema. Mova apenas o rosto. Mãos na barriga, chacoalhar dos ombros e balançar das pernas estão fora do contexto. Apenas aumenta a distância entres os cantos da sua boca até onde achar que deve. Cuidado, em exagero pode parecer desespero. Dentes, apenas de leve. Não mostre todos. Boca fechada, claro. Nada de separar os dentes de cima com os de baixo. Discrição é a palavra de ordem. Se virem você sorrir ótimo. Passou de trina segundos, amarelou.

andrelima

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O garimpo

Tenho preguiça de garimpar.
Por isso leio blogs de séries. Por isso leio críticas de filmes. Por isso sempre quero saber a opinião sobre restaurantes, livros, peças etc. Dá uma boa selecionada e corro poucos riscos nessas áreas.

Mas em relação à gente fica mais difícil. Sou da opinião que 90% (ou mais) das pessoas no mundo não valem à pena. Por diversos motivos, mas geralmente envolve carência que desencadeia vaidade, insegurança, egoísmo etc.

Sou também da opinião (o “cheio de opinião” sumiu por falar nisso hein, Suzana) que gostar/se dar bem com alguém é uma coisa muito particular e depende de tanta coisa além das duas pessoas envolvidas que não dá, simplesmente, pra “ler uma boa crítica” de Fulano e ir atrás.

Adentrar um ambiente novo, uma sala de aula, por exemplo, e ver aquelas 10 pessoas que nunca vi na vida e não tenho referência nenhuma sabendo que, provavelmente, apenas uma vai ser legal dá muita preguiça. Garimpar um a um até descobrir aquela pessoa que você vai conseguir se relacionar sem esforços sociais.

Tudo bem que tem os que revelam logo de cara os malas que são. “Oi, sou mala, quer seu meu amigo?!” Tem os que são mais discretos. Malas passivos. Enfim, o não-mala é um só e não será seu primeiro contato. E, claro que não TENHO que ir atrás de ninguém. Mas alguém interessante faz as coisas ficarem muito melhores.

Minha tática: observar. Muito. Antes de agir. Ou nunca agir. Preguiça. Amigos dos amigos já é alguma coisa. Mas também não garante nada. Tem muita gente legal fazendo caridade pra chatos por aí. E o legal é relativo.

*

Quero ser repetitivo não, mas Suzana, é janeiro hein. Não me venha com essa de saudadinha do Brasil e visitar o povo daqui nas suas férias da faculdade de lá. Esteja na França em janeiro para me receber.

*

Sobre os Emmys. Chato, chato e chato. O único prêmio que me deu gosto de ver foi o para Toni Collette. Não era esperado, ela merece e a série tem vida longa.

*

O negócio é voltar a estudar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Expectativa

Numa faculdade de marketing não se aprende muita coisa. São basicamente 8 períodos de muita enrolação com matérias inúteis que ensinam coisas que alguém com uma boa dose de bom senso poderia descobrir por si só. Mas uma aula que vale a pena é a que fala das EXPECTATIVAS.

Satisfação = expectativa – produto/serviço entregue.

Dessa fórmula, surgem vários desdobramentos mercadológicos. O mais óbvio deles é que quanto melhor o produto/serviço entregue maior vai ser a satisfação. Mas você pode mexer com a outra variável do seu cliente. A expectativa.

E assim na vida.

Os mais felizes são os que menos esperam. Quanto menos se espera mais satisfeito se sai. Quanto mais satisfeito se sai, menos frustrado se fica. Quanto menos frustrado se fica, mais feliz se é. É quase que matemático. Quase nada, é matemática pura. Pela regra lá da substituição da equação (aprendida no colégio e não na faculdade) pode-se dizer que expectativa é inversamente proporcional à felicidade.

Não falo daquele pessimista ou amargo que não espera nada de ninguém por orgulho ou rancor. Falo daquele que não espera nada de ninguém porque não precisa esperar. Daquele que tem dentro de si o que é necessário para não projetar nos outros seus anseios.

Ok, ninguém se basta. Também acredito nisso. Então me deixe reformular.

[...]

Tá, não consegui reformular. Não consegui porque não sei deixar esperar a coisa das pessoas.

Acho que aqueles que aparentam não esperar nada de ninguém, na verdade, são aqueles que pulverizam de quem esperar. Sabe aquele papo de colocar todos os ovos numa mesma cesta? Pois então, dá errado. Porque não há cesta que te atenda fulltime.

Então é isso. Assim como outra aula da faculdade de marketing (começando a repensar a utilidade da minha graduação) dizia, temos que diversificar os investimentos. Vai que o mercado acaba?! A matéria-prima seca?! Ou muito pior, algum outro produto toma o seu cliente!

*

Suzana, reserve meu colchão pela França. E retome algum blog, nem que seja em francês. Já não basta sua ausência física? Quer nos privar das palavras escritas?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pizza de Letrinhas

interrompemos o hiato nesse blog para pronunciamento extraordinário.

Clarissa: gente, sério
muito engraçada a matéria do fora sarney de ontem
nao deu pra comentar no twitter
tive que comentar agora
[matéria aqui]
final do segundo parágrafo da matéria

Clarissa: limaaaaaaaaaaaaaaaa
viu?

André: vi!!
vi ontem!
mto bommmmmm

Clarissa: vc viu que "o s não pôde entrar"?
hahahahhaha
adorei

André: ahahahah!!! tipo, a dança do alfabeto.
o s foi barrado

Clarissa: hahahahahahahahha

André: imagina se o primeiro A não pudesse entrar???
ia ser For Sarney
ou o F
Ora Sarney!
Ora [bolas] Sarney!
achei o S bom. dos males o menor
o s foi uma baixa contornável.

Clarissa: cara
For Sarney ia ser bom
tipo
"essa pizza no chão é pra vc, Sarney! <3"

André: hahah!
verdade

Clarissa: e se fosse o e
seria fora sarny
carinhosinho

André: hhaha
apelidinho fofo

Clarissa: é

André: e aí sarny. vai tománocú!

Clarissa: ou então "fora sarnê"

André: e sem o segundo A
fora sr. ney

Clarissa: hahahahahahahahhahahahahahahahahahhahahaha
fora sr. ney
muito foda
ney santanna

André: ney latorraca

Clarissa: HAHAHAHAHA
porra
mto foda
em visita à brasilia, o ator ney latorraca é recebido por protestos de estudantes
"fora sr ney"

terça-feira, 12 de maio de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Eu abracei meu computador


Cara, tem que ver. Susan Boyle é o máximo.

Aqui.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Sinceridade relativa

Você tem lá, dezenas ou até centenas de pensamentos dentro da sua cabeça. Tem gente que conforme o desenrolar do dia produz uma quantidade infinita de asneiras ou não no cérebro. Mas somos seletivos quanto aos pensamentos que resolvemos compartilhar com os outros. Por diversos motivos.

Alguns desses pensamentos são opiniões, convicções, valores. E esses, ainda sim, às vezes, optamos por omitir dos outros.

E aí eu pergunto. Será que apenas pelo fato de você ter aquele pensamento, por pior que seja, define quem você é? Ou o fato de você ter decidido esconder isso, talvez por saber que não é o mais nobre dos pensamentos, te exime do mau julgamento?

Porque pensemos: se por um acaso você toma um elixir da verdade, um desinibidor de opiniões, um corta pudores, sei lá, cerveja, por exemplo, e decide sair vomitando por aí suas reais opiniões sobre as coisas e/ou pessoas.

Vale a pena considerar o fato de que você estava sob efeito daquela substância e que você tinha decidido, enquanto consciente, não emitir opinião nenhuma?

(se você odeia literatura juvenil de qualidade pule esse parágrafo)

Pra fazer uma relação mais clara deixo pegar um exemplo. A primeira vez que pensei sobre o assunto foi lendo Harry Potter (sim, eu li e gostei). O Harry apesar de ter a vocação para estar na Sonserina segundo veredicto do chapéu que olhou os seus pensamentos (por que quando eu escrevo isso soa tão ridículo e quando JK escreve é ótimo?) escolheu estar na Grifinória. E essa era uma das coisas que o distinguia do Voldemort. A escolha.

(acabou a sessão Harry. Pode voltar a ler)

Eu acho que o que conta na verdade, o que faz toda a diferença é o por que. A razão de você ter decidido não emitir aquele pensamento.

E, por isso, não vou perdoar. O projeto salvação será levado adiante como fachada porque ele será minha carta de alforria. Mas a bem da verdade é que eu quero mais é que se foda. E acho que não será preciso nem torcer muito para que isso aconteça.

*

Se seriados fossem uma religião (e não são?!) a Santíssima Trindade seria composta por



Eu faria um altar em casa, assistiria sermões durante uma hora uma vez por semana, leria livro para saber como faz e até estaria disposto a contribuir com uma graninha pra coisa continuar funcionando. Eu tenho fé!

domingo, 15 de março de 2009

Comentários comentados

Meu último post - esse aí abaixo - foi o que mais gerou comentários dos leitores do blog. Comentários bons e ruins, não importa. Fato é que as pessoas, ao invés de irem até o espaço reservado para comentários no próprio blog, optaram por falar comigo em outras oportunidades.

Será por quê?

Talvez pela pessoalidade do assunto somada à minha discrição ao falar de assuntos desse tipo tenha intimidado meus queridos leitores a deixar um comentário público.

Essa é uma hipótese levantada pelo Leo. Eu não sei. Se eu mesmo me dispus e expus ao escrever sobre o assunto, acho que já contava com a possibilidade de comentários públicos.

Não tenho teorias. Talvez seja o ciclo de comentários. Maré baixa, vacas magras, lua em Júpiter desfavorece, eu não estar comentando em blog nenhum ultimamente.

É interessante, apenas.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Transferência


Meu pai se separou da minha mãe quando eu tinha de quatro pra cinco anos e se casou com outra mulher (doravante, vaca – assim, minúsculo mesmo). Nossa relação, minha e de vaca, sempre foi uma montanha russa, geralmente guiada pelos interesses e oscilações de humor dela. Minha mãe, não tão preocupada com a harmonia familiar dentro da nova casa do meu pai e mais interessada em externar suas próprias frustrações nos munia de “elogios” para repetirmos para vaca quando a encontrássemos.
Meu pai com todo seu tato e sensibilidade de filho mais velho criado em uma cidade pequena da região serrana fluminense por um pai que se importava por nada mais que carros, garantia que esses elogios ficassem apenas em nossas mentes.

Isso tudo para mostrar que por toda minha infância, adolescência e vida adulta (curta que seja) se tinham duas pessoas que nunca poderiam se dar bem essas eram minha mãe e vaca. Não só pelas circunstâncias da vida, mas por personalidade diametralmente opostas também.

No meu emprego atual, que estou desde novembro de 2008 eis que me deparo com o inusitado. Está diante dos meus olhos todo o dia a negação completa da imagem que criei (ou criaram para mim) da relação entre minha mãe e vaca.

Explico.

Tem uma pessoa que trabalha comigo, é a vaca. Tenho certeza que seriam amicíssimas caso se encontrassem por aí. Mas ela é a vaca a tal ponto que há umas semanas comecei a sonhar com a vaca sem saber por quê. Até me dar conta que era a convivência com ela. O humor inteligente e refinado, a adoração pelo primeiro mundo, o cuidado com a aparência, o tratamento dos filhos, mesma faixa etária, estilo de vida. É muita coisa.

Tem também outra pessoa. Que é a minha mãe. O pacote todo também. Defeitos e qualidades. A simplicidade, jeito carinhoso com todos, receio de aceitar os presentes da vida, batalha de criar filhos sem pai presente, auto estima abalada pela história de vida, paciente.

Elas são melhores amigas. E nega o que eu tinha estabelecido como verdade. É perturbador, mas interessante observar.

ps. Gosto muito da vaca-versãotrabalho. Nos damos muito bem. O que também só serve para provar que com a vaca nunca tive a escolha. A relação sempre esteve condenada ao fracasso.

terça-feira, 10 de março de 2009

Transfusão

Estava me segurando para não comentar a decisão do dom José lá de Pernambuco em não excomungar o estuprador, mas sim a mãe, a garota e todos os médicos que participaram do aborto dos gêmeos frutos do ato. Afinal, falar mal da igreja católica é chutar cachorro morto.

Mas hoje no jornal tem uma declaração melhor ainda do Vaticano. Num artigo publicado por eles com o maravilhoso título “A máquina de lavar e a libertação das mulheres – (o subtítulo é que eu gosto mais) ponha detergente, feche a tampa e relaxe", o Vaticano afirma que esse eletrodoméstico fez mais pela liberação da mulher do que a pílula anticoncepcional ou a entrada no mercado de trabalho.

Olha, sei não, mas acho que só uma atitude bem drástica e sem precedentes como UMA Papa pra recuperar essa fatia de mercado da fé. Que, por sinal, está carente de sangue novo. (por favor, atentem para a sutileza do comentário. SANGUE novo!)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Somente o indispensável

Para mim motorista de ônibus se encaixa em um estereótipo muito bem definido. E nenhum deles, até hoje, escapou.

É o malandrão que quer tirar proveito de qualquer situação que puder nem que seja a de ultrapassar aquele sinal ainda amarelo, é o que acha que o mundo está sempre em dívida com ele inclusive aquele sinal amarelo que ficou amarelo 5segs antes só de sacanagem e, por último, é aquele típico machão que come a primeira menininha que vir pela frente. Sem critérios.

E qual a mulher mais próxima do motorista de ônibus? Presente a cada freada, fechada, batida? A trocadora é claro. Então, baseado no meu (provavelmente infundado) estereótipo tenho certeza que quando motorista e trocadora estão conversando partiu do motorista e o destino final daquele papo é um motel de quinta na Avenida Brasil.

E não em coisa que me irrite mais do que ver o motorista de ônibus batendo papo. Primeiro porque eles falam alto e atrapalha meu complemento diário de sono. Aquela horinha a mais que me sustenta durante oito horas de pura e intensa labuta do mundo coorporativo. Podem ter duas pessoas do meu lado falando sobre o último episódio de LOST que eu nem ligo. Agora vai a trocadora comentar sobre a sogra que não agüenta mais para ver só...a orelha levanta, antenas ligam, foco direciona. Acho que fico sempre na expectativa de ver o fim do diálogo.

- Ok, Motorista do 438, eu vou para um motel de quinta na Avenida Brasil com você. Terça-feira tá bom?

Até hoje, não ouvi nada.

Além do mais, estou sempre atrasado. E se não estou atrasado quero chegar logo ao destino. E é nítido para mim que a partir do momento que o motorista abre a boca e a trocadora responde a produtividade do primeiro cai drasticamente. Ele tem que dividir os pensamentos dele pelo menos meio a meio entre dirigir insanamente pelo caótico trânsito carioca e paquerar a trocadora para, finalmente, conseguir levá-la ao motel de quinta na Avenida Brasil. E, convenhamos, o interesse dele no segundo é muito maior. Afinal, se eu chegar 5, 10 ou 15 minutos atrasado no trabalho por conta daquelas investidas ‘amorosas’ não tem o menor problema. O cara tem prioridades muito bem definidas. E se conseguisse fazer os dois ao mesmo tempo sem prejudicar a produtividade de nenhum, não seria motorista de ônibus.

Aí você olha lá para frente (no intuito de tentar pescar o assunto, leitura labial também ajuda) e lê: Fale somente o indispensável ao motorista.
Dá vontade de levantar ir lá naquele adesivo patético e mudar para: Fale somente o indispensável, motorista. Ou então para: Fale somente o indispensável ao motorista, trocadora.

quarta-feira, 4 de março de 2009

De olhos bem abertos

Eis que ontem tive insônia. Três da manhã, olhos ardendo, porém sem nenhum indício de ficarem fechados até de manhã.

Do computador queria distância, a TV não colaborava. Derrama água no chão, troca lâmpada do abajour queimado e quebra a velha [vassoura, pá, lixo], liga ar, desliga ar, troca travesseiro, coberta, cobertor. Então achei mais que apropriado começar ler o livro que ganhei de uma amiga fã de leitura e vítima de insônia também. Achei uma sincronia interessante ter ganho o livro justo dela na mesma semana que tive insônia. Ironia fina. Não costumo ter insônia. Se a tive duas vezes na vida foi muito.

Caio Fernando de Abreu. Morangos Mofados. Noite virada, livro lido.

*

Odeio Suzana Vieira, todos sabem. Mas lanço a campanha. Suzana e Dado Dolabella.
Taí um casal que combina.
Su, vai fundo. Acho que esse dura até o fim. Mas fim da sua vida, não da dele.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Foto


Enquanto o controle remoto figura lá no alto da minha lista de “Invenções Geniais da Humanidade”, a máquina fotográfica, coitada, beira a última colocação.

Não tenho idéia quem inventou a máquina fotográfica e nem to com paciência de ir ao Google perguntar, até porque não importa. O que eu queria saber de fato é qual foi a intenção do sujeito. Porque eu acho que a máquina fotográfica é quase como a tecnologia nuclear. Foi criada para o bem, mas mentes perturbadas distorceram seu real propósito.

As pessoas abrem mão de vivenciar o momento para registrá-lo. Para mim é um dissenso. Registrar o que cara pálida, se você acabou de cortar qualquer momento digno de ser registrado. “Deixa eu ajeitar o cabelo.” “Eu preciso tirar o óculos.” “Daqui pra cima hein, olha a barriga.” Para mim, foto de grupo é coisa de gente sem assunto.

E não venha me dizer que a solução é a foto natural. Concordo que ela tem muito mais valor. Mas ainda sim não vale a pena ser tirada. Primeiro porque tem que ter um infeliz para cumprir tal papel. E tem que fazer o papel fulltime, claro. Afinal pegar um momento bom naturalmente não é assim, digamos imediato. Depois, porque ninguém se gosta em fotos ao natural. Nem nas posadas, mas aí vão dizer que estou sendo exagerado.

Se tenho dúvidas quanto à intenção do sujeito que inventou a máquina fotográfica, não me resta nem uma ponta de desconfiança que as intenções de quem inventou a máquina digital era das piores possíveis. “Deixo ver como ficou!” “Agora eu, passa a máquina.” “Ah, não. Pisquei.” Putaquepariu. Medeixaatiraressamáquinalonge.

Mas para mim, o ápice do mau uso da injustiçada da máquina fotográfica é em viagens. Simplesmente tenho ódio daquela paradinha rápida pra tirar a foto na frente daquele monumento (famoso ou não, não importa) com a pessoa na frente. Me explica, por favor. PARA QUE?!

É uma necessidade insana de se provar que esteve naquele lugar. É muita vaidade para meu gosto. E, lógico, aquela foto foi tirada para ser mostrada na volta. Para torturar seu amigo ou amiga com fotos chatíssimas da sua viagem. Você em frente à Torre Eiffel. FODA-SE. Já vi a Torre Eiffel mil vezes na minha vida em fotos mais variadas possíveis, de dia, noite, tarde, sol, nublado, chovendo. E sem você na minha frente atrapalhando.

E, por último, a foto limita a memória. A foto castra a imaginação. A foto sufoca a fantasia. Você, que viveu aquele dado momento e se lembra dele de maneira x, que, obviamente, não é fiel a realidade. Sua mente já criou em cima da sua memória. Aí vem aquela foto ingrata, sem vergonha pra te lembrar exatamente como foi. Que não foi tão bom quanto você lembra. Sai fora. Joga essa câmera fora.

E ai de quem vier com uma pra cima de mim.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eu confesso

Tenho problemas com religiões. Com instituições religiosas mais especificamente. Evangélicos então, passai longe!

Preconceito, eu confesso.

Quando li da queda do templo da igreja Renascer, confesso, meu primeiro pensamento foi:
Antes cair um lugar desses que um shopping ou qualquer prédio normal.

Devo ir para o inferno. Se existisse, claro. Mas como eu confesso, quem sabe me livre dessa.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Seriados

Esse papo de atrizes consagradas no cinema voltam para TV em séries de canais pagos americanos é antigo e batido.
Mary Louise Parker - Weeds
Holly Hunter - Saving Grace
Glenn Close - Damages
e agora...
Toni Collette - The United States of Sara

Fato é: ontem começou a 2a temporada de Damages. Vejam, só digo isso. Seriado para os inteligentes.



Outro fato é: vazou na internet o primeiro episódio da "Tara" e eu vi. Recomendo também. E Collette vai serguir o mesmo caminho de Glenn e ganhar prêmios por aí no próximo ano.



LOST, dia 21.