terça-feira, 5 de agosto de 2008

Faro para compras

Qual a melhor hora para se ir ao supermercado?
Pois, assim como não há hora boa para o caminhão de lixo passar, não tem momento propício para ir ao Prezunic.
Então eu fujo, sempre. Mas tem hora que a comida acaba, a geladeira esvazia e você vai ficando pobre para comer fora todo dia.

Aí, depois do trabalho, depois de enfrentar um trânsito que resolveu piorar exatamente naquele dia, eu chego morto de fome e disposto a gastar meia hora no máximo.

Mas a falta de uma lista decente com tudo que precisa, o fato de Botafogo inteiro ter resolvido ir ao Prezunic quinta a noite e alguns deles terem decidido levar crianças a tira colo (por que, meu deus?!) não me deixam demorar menos de uma hora e meia.

Isso tudo tendo que diferenciar cebolas que prestam de cebolas que não prestam. Abóbora boa, abóbora ruim. Mexericas gostosas, mexericas azedas. Cada um com sua regrinha, seu truque de reconhecimento. Pois eu me limito a um critério apenas. Tamanho. Tem que ter um tamanho médio, normal. Nem muito grande, nem muito pequeno. Comparo com as outras ao redor. Tá lá, perdida na prateleira, tentado passar despercebida, another brick on the wall....para o saco! É minha! O mais difícil é selecionar inhames. Todos são mais ou menos do mesmo tamanho e tem aquele aspecto de terra, sujeira. Mas cria-se critério na hora e se me perguntarem por que escolhi esse e não aquele, justifico!

Na hora de pagar, uma caixa lenta, conversadeira e enrolada. Não esperaria outra coisa visto os acontecimentos que se sucederam até aquele ponto. Mas aí, não é que ela começa a cheirar minhas compras?!
Opa! Um sabonete – uma cheiradinha
Outro sabonete! – outra cheiradinha
Leite – aquela conferida no cheiro
Batata, manteiga, ovos – pit stop no nariz! Ela não tinha critérios, uma cheiradora compulsiva!
Quando ela foi cheirar meus tão criteriosamente selecionados inhames não me contive. Sem graça de perguntar ou pedir para ela parar de cheirar minhas compras resolvi puxar assunto. De repente, ocupando-a ela parava de cheirar. Pffff....pura ilusão. Além de conversar com a ensacotadeira agora, me incluiu no papo, tornando o simples processo de aproximar o código de barras do infravermelho muito mais complicado e lento. Tudo isso sem deixar de cafungar minhas compras.
Subestimei a capacidade da caixa. Estava diante de alguém multitarefa e nem desconfiava. Me rendi à situação. Dane-se. Eu não devia ser o primeiro nem seria o último.
Quando passou o álcool quase pedi para dar uma cheirada também.

*

Terça-feira será revelado quem é a assassina de A Favorita. Flora x Donatela. Patrícia Pillar X Claudia Raia.
Meu palpite é que foi a Flora. Patrícia Pillar na cabeça! Anota aí...

*

Ainda viciado em In Treatment, mas é que os novos episódios não saem. Enquanto isso, leio sobre o que vem por aí. A série que aguardo ansiosamente e, desde já, estou viciado é United States of Tara. Produzida pelo Spielberg (desculpa aí, ET é demais!), escrito pela Diablo Cody (Juno, alguém?!) e protagonizado pela Toni Collette (dispensa parênteses). Coisa fina, com certeza.

9 comentários:

Suzana disse...

mas vem cá... vc não perguntou porque ela cheirava as compras? que isso, André, vamos voltar lá AGORA que o trabalho sujo alguém tem que fazer. se não, eu não durmo essa noite...

que loucura, hj em dia não se contratam mais caixas, e sim, sommeliers de mercadorias. (comentário infame)

Faber disse...

Porque você compra inhames? Eles só perdem pros chuchus no ranking de legumes sem gosto.

E que mulher louca! Como será que isso tudo começou? E onde será que vai parar?

Vem cá, a novela tá com Ibope baixo? Porque essa não é a questão central da trama? E a novela não começou dia desses? Não é coisa para últimos capítulos essa revelação? Ai, gente...

E quando eu mais precisava de parênteses você vai lá e os dispensa...

Faber disse...

Aliás, nem Flora, nem Donatela. Foi o avô da Lara, aquele miserável. E ele comia a Donatela, pra piorar! Aliás, o filho perdido da Donatela, o Cauã Reymond, é filho dele!

Anônimo disse...

Esse post não está com o cheiro muito agradável, mas já que vocês, leitores, querem comprar...
R$ 1,99. Posso dever um centavo?

Suzana disse...

mto pertinente a consideração do Faber sobre os parênteses. fiquei com vergonha de dar a cara à tapa.

André Lima disse...

Toni Collette - a mãe da família em Pequena Miss Sunshine. ;)

É, Faber, bingo! Esse é a pior audiência do horário. Pq esse povo não sabe o que é bom neh, afinal a novela é ótima.
Aí tem que acelerar a trama, encutar o enrolation. Mas isso já não é característica do João mesmo então...
Os útlimos capítulos ficarão para os personagens descobrirem quem é a vilã e tal. Por enquanto, só a gente sabe. Esperto esse João.

Daniel disse...

Acabou sendo a Flora mesmo. Ah, meio sem graça. Seria melhor que não fosse nenhuma das duas, mas acho que assim fugiria da proposta inicial.

In Treatment - assisti aos 43 episódios e confesso que gostei muito. A trama da ginasta que no começo era a pior foi ficando cada vez melhor e achei o seu final um dos melhores. Entretanto, o episódio FINAL foi muito bem interessante. Acho que não tem problema escrever aqui o que acontece já que ninguém mais assiste à In Treatment. MAS SE ALGUÉM ASSISTIR E AINDA NÃO VIU O FINAL, PARE DE LER AGORA. Achei sensacional não terem mostrado o que Paul fez extamente na casa da Laura. Pela primeira vemos ele como outro paciente. Não sabemos o que acontece em suas vidas, mas apenas aquilo que eles relatam. Achei um golpe de mestre terem terminado a temporada dessa forma.

United States of Tara - promete mesmo.

The Closer - sempre que viajo para Areias me vejo forçado a assistir ao SBT. Pq? Pq ele exibe muitas séries, mesmo que em horários ingratos. Uma das séries que sempre assisto quando estou em Areias é THE CLOSER. É uma série policial, mas que se diferencia por sua protagonista. Ela não é simpática e nem bonita, mas como ela resolve os crimes é bem interessante.

Eita comentário longo...

Faber disse...

Ai, parei de ler na hora certa. Mas hein, onde esse Daniel encontrou 43 episódios? No islife só tem 25...

Clarissa Mello disse...

Adoro o pitstop no nariz e a falta de critérios...